VAGAS LIMITADAS!
Local do Curso: Hotel Foz do Iguaçu - Av. Brasil, 97 - Centro - Foz do Iguaçu - PR www.hotelfozdoiguacu.com.br - facebook.com/hotelfozdoiguacu
Horário: das 8:00 às 12:00 e das 13:00 às 19:00.
Objetivos
Proporcionar a aquisição de conhecimentos sobre conteúdos, métodos e técnicas educativas de trânsito, para o desenvolvimento de aulas, palestras, campanhas educativas e demais atividades em prol da mobilidade segura.
Público Alvo: Gestores de trânsito, coordenadores de educação para o trânsito, professores, supervisores, orientadores e demais interessados nos temas.
Metodologia e Recursos Educativos: Dinâmicas individuais e de grupo, exposição de motivos, exemplificação, slides, imagens, músicas, vídeos, exercícios práticos e pesquisa de campo.
Facilitadores
Irene Rios, Mestra em Educação; Especialista em Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e em Metodologia de Ensino; Professora universitária de Educação para o Trânsito, Campanhas Educativas de Trânsito e Educação de Trânsito para Crianças e Adolescentes; Autora de artigos e livros na área de Educação para o Trânsito.
Currículo: http://lattes.cnpq.br/0363235000015600
Rodrigo Calistro ministra oficinas de dramaturgia e contação de histórias. É contador de histórias desde 2004,
Investimento: R$ 650,00
No valor está incluso:
- Coffe break
- Os livros “Guia Didático de Educação para o Trânsito”, “Transitando com Segurança” e “Quem? Eu? Eu Não! E Outras Crônicas de Trânsito”, de Irene Rios
- Visita de estudo a Foz do Iguaçu e ao Paraguai,
Os participantes receberão certificado de participação.
Grupos com mais de três pessoas, desconto de 10%.
Consulte-nos sobre parcelamento!
Consulte-nos sobre parcelamento!
Forma de pagamento: Depósito Bancário
Banco do Brasil
Agência: 2638-7 - Conta: 38842-4
Favorecido: EDUTRANEC – Educação para o Trânsito e Eventos Culturais
A confirmação da inscrição acontece após o envio do comprovante de pagamento, ou do empenho, pelo e-mail: treinamentos@edutranec.com
Conheça outras atividades de Educação para o Trânsito realizadas pela EDUTRANEC, no sitewww.edutranec.com
- Irene Rios
- Mestra em Educação, com a pesquisa: CAMPANHAS EDUCATIVAS PARA O TRÂNSITO: a percepção sensível de jovens e adultos; Especialista em Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e em Metodologia de Ensino; Consultora e co-autora do projeto “Gincana Cultural de Trânsito”, vencedor do XII Prêmio Denatran de Educação no Trânsito - 2012 - na categoria "Educação no Trânsito - Projetos e Programas"; Presidente da Câmara Catarinense do Livro; Professora universitária de disciplinas na área de Educação para o Trânsito; Autora de artigos e livros sobre Educação para o Trânsito. Contato: (48) 3246-8038 (48) 8496-1702 e-mail: irene@ilhamagica.com.br
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07/11/2009
O trânsito como tema transversal nas escolas, funciona?
Escolhi a educação como profissão, em 1984, quando ingressei no curso de magistério. Leciono desde 1987. Iniciei com alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental, depois com crianças da Educação infantil: pré-escolar, maternal e berçário. Ao concluir o curso de Letras (Língua Portuguesa e literatura), há 16 anos, passei a lecionar a disciplina de Português nas séries finais do Ensino Fundamental, no Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos.
Convivi com estudantes de várias idades e de várias classes sociais. Aprendi a lidar com alunos do interior e da cidade grande, estudantes pobres e “filhinhos de papai”, alunos tímidos e alunos hiperativos.
“Senti na pele” algumas das dificuldades do professor brasileiro, turmas numerosas, alunos indisciplinados, dificuldades de aprendizagem. Sei o quanto é sacrificante ter que deixar a família e trabalhar três períodos para garantir mais conforto aos filhos. Ter que abrir mão do lazer dos fins de semana para ficar preparando aula e corrigindo prova. Por isso entendo a aflição de muitos mestres, compreendo por que estão sempre sem tempo, por que resistem a assumir compromissos com projetos que possam lhe dar mais trabalho. Já passei por isso.
Dedico-me à educação para o trânsito desde 2003, estudando e ensinando. Entre livros, artigos, palestras, aulas e consultoria, busco alternativas de educar para o trânsito, objetivando não apenas a quantidade, mas também a qualidade na construção desse conhecimento.
Estou consciente do quanto precisamos nos mobilizar para conseguir sensibilizar as pessoas para essa causa. A luta por um espaço nas unidades de ensino é constante, pois sabemos da importância das escolas na formação de opinião e na mudança de atitude. A colaboração dos educadores à educação para o trânsito é imprescindível. Eles estão boa parte do tempo com as crianças e com os jovens e podem realizar um bom trabalho, com continuidade.
Afinal, é importante que a educação para o trânsito seja permanente, não basta dar aulas ou palestras esporádicas de boas condutas no trânsito. Por melhor que seja a atividade, mesmo que tenhamos conseguido um bom índice de aprendizagem, se não falarmos mais no assunto, surgirão outros interesses aos participantes e os conhecimentos adquiridos naquela aula ou palestra irão desaparecer.
A Educação para o Trânsito merece ser inserida como disciplina no currículo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Não é necessário que seja uma disciplina específica de trânsito, o ideal é que em sua ementa conste também, Ética e cidadania, a educação de valores positivos, como: responsabilidade, respeito, saúde, auto-estima, valorização da vida e outros. Uma educação de qualidade precisa está contextualizada com esses valores.
No entanto a realidade é outra, não temos a disciplina de educação para o trânsito. Nossa legislação, através das Diretrizes Nacionais da Educação (portaria 147/2009 do Denatran), implantada para complementar o capítulo VI do Código de Trânsito Brasileiro, prevê que a educação para o trânsito seja inserida nas escolas usando a transversalidade.
Usar a transversalidade, conforme consta nos Parâmetros Curriculares Nacionais, significa trabalhar o tema de forma contínua, sistemática, abrangente e integrada com outras áreas convencionais, presentes no currículo escolar. (BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998, p. 26 a 29).
Trabalhar a Educação para o Trânsito nas escolas de maneira transversal implica em inseri-la nos conteúdos curriculares. Para ilustrar, cito o exemplo usado pelo saudoso Professor Renier Rozestraten, no livro “Psicopedagogia do Trânsito”: Em vez do professor usar a frase: Lili gosta muito do seu cachorrinho branco, pode-se dizer: Lili sempre atravessa na faixa de pedestre. (ROZESTRATEN, Reinier Johannes Antonius. Psicopedagogia do trânsito: princípios psicopedagógicos da educação transversal para o trânsito para professores do Ensino Fundamental. Campo Grande. Editora UCDB, 2004, p. 20).
A transversalidade, á princípio, parece ser uma solução viável. Porém, para que ela aconteça, o trânsito deve ser inserido em várias disciplinas e em vários conteúdos curriculares. Será que os professores irão elaborar atividades transversais de trânsito?
Após uma palestra que os sensibilize e os motive a isso, talvez consigamos que façam por um tempo. No entanto, em virtude no excesso de atividades que possuem, logo deixarão a educação para o trânsito de lado.
É necessário oferecer ferramentas aos educadores, disponibilizar materiais didáticos e capacitá-los. Mais do que isso, o trabalho do professor deve ser monitorado, pois se fizermos curso de capacitação e não acompanharmos o processo corremos o risco desse trabalho não ser realizado com continuidade.
Um modelo de projeto de educação para o trânsito desenvolvido com o acompanhamento de monitores é o realizado pelo DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transportes), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, denominado “Percepção de Risco no Trânsito das Escolas Públicas Lindeiras às Rodovias Federais”. Os professores além de receber capacitação e material de apoio, são acompanhados e orientados por monitores.
Com relação aos matérias didáticos entregues aos mestres contendo sugestões de atividades transversais de trânsito, faço a seguinte reflexão: Supondo que o professor esteja desenvolvendo o conteúdo multiplicação e na seqüência do manual educativo de trânsito está uma atividade que envolve fração. Será que ele vai interromper o conteúdo que vinha trabalhando para explicar fração e manter a seqüência do manual?
Quando oferecemos ao professor material educativo organizado para ser usado em seqüência, estamos desejando que os conteúdos curriculares se adaptem ao tema trânsito. Essa é a melhor estratégia?
Coordeno o projeto “Educação Continuada de Trânsito”. Em 2008, foi implementado em seis escolas públicas, do município de Palhoça – SC. Envolveu 06 escolas, 16 professoras e 405 alunos de 3ª e 4ª série (4º e 5º ano) do Ensino Fundamental. Sua aplicação teve várias etapas: Iniciamos com a sensibilização da equipe de educadores da Secretaria Municipal de Educação. Depois realizamos uma palestra aos diretores das escolas municipais e em seguida aos professores das escolas contempladas.
Em continuidade às ações, foram realizados encontros individuais com as professoras, semanalmente, a fim de acompanhar, avaliar e orientar o trabalho de educação para o trânsito realizado por elas. Os encontros aconteciam nos horários em que estavam com intervalo de aula; em que os alunos estavam com os professores de educação física ou de artes. Nesses encontros fazíamos o planejamento verificando em quais disciplinas e conteúdos seria inserido o tema trânsito, a idéia era trabalhar o assunto pelo menos uma vez por semana. A partir da escolha dos conteúdos, eram desenvolvidas atividades transversais. No início, foram elaboradas por mim. No entanto, após três meses, as próprias professoras, sob minha orientação, criavam as atividades. Entre as ações rotineiras de nossos encontros destacam-se: Entrega de atividades transversais de trânsito adaptadas aos conteúdos indicados pelas professoras; Orientação sobre a aplicação dessas atividades; Avaliação do trabalho desenvolvido na semana anterior; Verificação dos conteúdos curriculares que estavam sendo trabalhados em sala de aula, para elaboração de outras atividades. As avaliações eram realizadas oralmente, através de relatório escrito desenvolvido pelas educadoras e por meio da análise das atividades respondidas pelos alunos.
A aplicação do projeto nessas unidades de ensino foi um sucesso. A recepção por parte da direção, das professoras e dos alunos foi excelente. Claro, é preciso ser realista, também houve algumas dificuldades, pelo menos quatro educadoras nem sempre seguiam minhas orientações. Porém, como desde o início, a proposta era trabalhar a partir da conscientização, sem obrigatoriedade, ouvia os motivos das professoras e oferecia uma sugestão para que elas recuperassem os conteúdos atrasados.
Por outro lado, havia três professoras que faziam além do que pedia. Mesmo no início do projeto, aplicavam as atividades que eu sugeria e desenvolviam outras. A quantidade de atividades produzidas durante o projeto é significante, um material rico que merece ser estudado. Na segunda etapa, quando tinham que elaborar as atividades, inserindo o trânsito nos conteúdos do currículo, houve uma grande doação por parte das educadoras. Sei o quanto esse trabalho requer tempo e disposição. Mas houve também uma grande demonstração de talento e criatividade. Cabe aqui destacar o desafio que a professora Elizandra teve que enfrentar quando se propôs a trabalhar o trânsito junto com o aparelho reprodutor. Você tem idéia de como fazer isso?
Ela conseguiu, solicitou que os alunos refletissem sobre os cuidados que uma gestante deve ter ao transitar e sobre as mudanças de comportamento que algumas mulheres costumam apresentar quando estão com tensão pré-menstrual. Sobre o segundo item apresentou a questão: “O que você pensa a respeito: “A mulher quando está próxima de menstruar, ela fica irritada, brava com qualquer coisa, etc, isso chama-se tensão pré-menstrual (TPM), caso ela esteja no trânsito como será seu comportamento? Por quê?” (Elizandra Maria da Rosa).
A partir da relação que a professora fez, além da segurança no trânsito, é possível trabalhar vários aspectos, como respeito, vida, saúde e outros.
Esse experimento proporcionou muitas reflexões. Entre elas, enfatizo a necessidade de acompanhamento das atividades e a adaptação da educação para o trânsito aos conteúdos curriculares. É importante verificar o conteúdo disciplinar que o educador está, ou já desenvolveu com os alunos para então fornecer atividades relacionadas ao trânsito e a esse conteúdo, com acompanhamento. Dessa forma, o trânsito como tema transversal nas escolas funciona.
Essas são algumas reflexões, referentes à transversalidade do tema trânsito nas escolas, que compartilho com os que se interessam pelo assunto. Minha busca por soluções à segurança e à educação para o trânsito continua. Em breve novas idéias e reflexões sobre a temática.
São José, 07 de novembro de 2009.
IRENE RIOS DA SILVA, Especialista em Meio Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e em Metodologia de Ensino; Professora de Educação no Trânsito e de Campanhas Educativas de Trânsito na UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí. Autora de Artigos e livros sobre Educação para o Trânsito.
22/10/2014
A Sensibilidade e o Trânsito
Irene Rios
[...] na rua não vemos sentimentos ou nos sensibilizamos com rostos e atitudes, mas enxergamos simplesmente posições sociais: formas corporais, feiuras ou belezas, roupas e signos profissionais ou de posicionamento social.
Roberto da Matta
Matta (2010) provoca-nos a pensar e a indagar sobre o que vemos no trânsito, sobre o quanto as pessoas preocupam-se apenas com aparências e status, sem prestar atenção no outro, tratando-os com indiferença. Essas atitudes demonstram a falta de sensibilidadedos cidadãos quando estão transitando.
Vanderbilt (2009) reforça a afirmação de Matta ao enfatizar que a simples ação da troca de olhares entre os usuários das vias é considerada uma dificuldade para muitos.
Pelo fato de o contato visual ser tão raro no trânsito, quando ele acontece a sensação pode ser de desconforto. Você já parou em um sinal e “sentiu” que alguém em um dos carros ao lado estava olhando para você? Provavelmente ficou incomodado. A primeira razão é que isso pode violar o senso de privacidade que sentimos no trânsito. A segunda é que não há propósito algum para isso, tampouco uma reação neutra apropriada, uma condição que pode provocar uma reação de lutar ou fugir. Então, o que você fez no cruzamento quando viu alguém olhando para você? Se acelerou, você não foi o único. (VANDERBILT, 2009, p. 28).
As situações citadas por Vanderbilt (2009) fazem parte de uma cultura em que prevalece o individualismo, o hábito de nos ocuparmos apenas conosco, com o que nos convém - situações cada vez mais presentes na vida contemporânea. Estamos tão acostumados à insensibilidade no trânsito que, quando percebemos que alguém está nos olhando, nesse ambiente, ficamos incomodados e procuramos afastar-nos dessa situação. Contudo, o que nos faz agir dessa maneira, sem olhar, sem sentir, sem perceber e sem refletir sobre o que está em nossa volta? Talvez a pressa do dia a dia causada, geralmente, pelo excesso de tarefas, faze-nos correr contra o tempo. Parece que se pararmos para a travessia de um pedestre vamos perder tempo.
Outro motivo que pode influenciar a nossa falta de sensibilidade é a insegurança emanada pelas características da modernidade. Nosso cotidiano está repleto de casos que nos assustam e nos deixam inseguros. Duarte Jr. (2001) cita algumas dessas ocorrências:
[...] a situação afigura-se delicada e perigosa, com seus múltiplos sintomas a nos rodear: desequilíbrios ambientais, ameaças de acidentes e guerras nucleares, venenos e poluição empestando o ambiente, efeito estufa, hordas de famintos, exércitos de sem-terras e sem-tetos, fanatismos, assaltos, sequestros, violência gratuita, atentados terroristas, doenças misteriosas e letais, etc. (DUARTE JR., 2001, p. 72).
São situações que provocam, além do medo e da insegurança, a falta de confiança nas pessoas que não conhecemos. É como se o outro representasse uma ameaça à nossa luta diária pelo poder, pelo prazer e pela sobrevivência. Ignorá-lo, então, seja no espaço do trânsito, ou em outros espaços, significa um “cuidado de si”.
Por outro lado, muitas vezes, há resistências às experiências estéticas, ou seja, às situações que envolvem a percepção sensível e as emoções, devido ao hábito de se ver o mundo de modo prático. Cabe aqui, novamente, o esclarecimento de Duarte Jr. (2001) sobre a diferença do olhar estético e o modo prático de ver o mundo.
O modo prático de ver o mundo orienta-se movido pelas questões “o que posso fazer com isto e que vantagens posso obter disto?”, ao passo que o olhar estético não interroga, mas deixa fluir, deixa ocorrer o encontro entre uma sensibilidade e as formas que lhe configuram emoções, recordações e promessas de felicidade. Desta maneira, do topo de uma montanha, ao observar o rio que lá embaixo serpenteia pelo vale, o olhar poético pode apreendê-lo enquanto metáfora da vida sempre a correr num cenário natural, enquanto o modo prático de enxergar provavelmente se porá a investigar as possibilidades de ali ser construída uma barragem que alimentaria uma lucrativa usina hidrelétrica. (DUARTE JR., 2001, p. 102).
“O modo prático de ver o mundo” (DUARTE JR., 2001) pode ser identificado também no trânsito - espaço disputado por pessoas, muitas delas apressadas, preocupadas com o tempo e com o seus objetivos individuais. Seres humanos que, talvez, por olharem o mundo de modo prático, ao perceberem que não há fiscalização na rodovia, tiram proveito disso em prol de seu benefício, cometendo infrações como dirigir em alta velocidade, falar ao celular ao volante, estacionar sobre as calçadas.
Em uma analogia com o exemplo citado por Duarte Jr., podemos fazer a seguinte suposição: se formos fazer uma pesquisa a fim de obter sugestões para a melhoria na mobilidade urbana, provavelmente o indivíduo que vê o mundo de modo prático, sendo motorista, irá afirmar que é preciso construir mais faixas de tráfego, aumentar a quantidade de vagas de estacionamento e alargar os leitos, nem que, para isso, seja necessário o estreitamento das calçadas, destinadas aos pedestres. Sendo pedestre, este, possivelmente, irá sugerir que as calçadas e os canteiros centrais das rodovias sejam mais largos, mesmo que, para isso, seja necessário o estreitamento dos leitos. Caso essas pessoas pesquisadas tenham um olhar estético, provavelmente, independentemente se na condição de motorista ou de pedestre, irão fazer sugestões em prol do bem comum, pois se deixarão levar pela percepção sensível.
Ver o mundo apenas de modo prático, além da insensibilidade, estimula a falta de honestidade e a falta de solidariedade - valores indispensáveis no ambiente do trânsito. Olhar para o outro procurando apenas obter vantagens, preocupar-se só com as questões sociais e práticas, torna os cidadãos mais individualistas e incapazes de conviver em um espaço compartilhado, como o das vias. Além disso, essa praticidade incentiva a falta de harmonia, de tranquilidade e de segurança no trânsito.
Por outro lado, olhar o mundo e dar oportunidade para o sentimento fluir, permitindo que os sentidos atuem, poderá proporcionar profundas emoções, importantes reflexões e grandes transformações. Por isso, a importância de uma educação para o trânsito que comova o público alvo e que provoque a reflexão sobre as consequências das atitudes nas vias.
REFERÊNCIAS
DUARTE JR., João Francisco. O sentido dos sentidos. Curitiba: Criar, 2001.
MATTA, Roberto da. Fé em Deus e pé na tábua. Rio de Janeiro: Rocco, 2010.
VANDERBILT, Tom. Por que dirigimos assim?: e o que isso diz sobre nós. Rio de Janeiro: Campus, 2009.
Irene Rios
Mestra em Educação, com a pesquisa: CAMPANHAS EDUCATIVAS PARA O TRÂNSITO: a percepção sensível de jovens e adultos; Especialista em Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e em Metodologia de Ensino; Graduada em Letras Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa; Consultora e co-autora do projeto “Gincana Cultural de Trânsito”, vencedor do XII Prêmio Denatran de Educação no Trânsito - 2012 - na categoria "Educação no Trânsito - Projetos e Programas"; Presidente da Câmara Catarinense do Livro; Professora universitária de disciplinas na área de Educação para o Trânsito; Autora de artigos e livros sobre Educação para o Trânsito.
06/07/2014
A Cidade e os Pedestres
Irene Rios
Penso que uma cidade é construída sobre relações humanas, gente se encontrando, e, entre outras coisas, o amor incrementaria as próprias coisas que são desejáveis numa cidade.
Penso que uma cidade é construída sobre relações humanas, gente se encontrando, e, entre outras coisas, o amor incrementaria as próprias coisas que são desejáveis numa cidade.
James Hillman
As palavras de Hillman (1993, p. 42) indicam a importância das relações humanas e de amor para o desenvolvimento da cidade. Essa relação de amor pelo próximo e pela cidade envolve todos que partilham o mesmo espaço nas vias, ou seja, motoristas, pedestres e ciclistas. Exige, segundo Duarte Jr., um compromisso social.
Dessa relação, portanto, emerge em nós um sentimento de instalação no mundo e de compromisso social, não só com o próximo, a partilhar o mesmo espaço, mas também com o nosso ambiente e as coisas que o preenchem. Passear pela paisagem urbana se mostra, pois, fundamental para a constituição de uma realidade estável, sensível e acolhedora, uma realidade com a qual nos identificamos e pela qual nos sentimos um pouco responsáveis. (DUARTE JR., 2001, p. 85).
O autor argumenta que somos responsáveis pela realidade do nosso ambiente e que passear pela cidade é fundamental para tornar essa realidade estável, sensível e acolhedora. Esse “passear” refere-se ao ato de caminhar, de transitar pela cidade a pé, a maneira mais antiga e natural que existe para a realização de um deslocamento. No dia-a-dia das grandes cidades, com o aumento de calçadões e da distância dos estacionamentos, mesmo que estejamos nos locomovendo por meio de veículo motorizado, na maioria das viagens, precisamos também caminhar. Contudo, esse caminhar, muitas vezes, é individualista e sem compromisso com o próximo e com a cidade. Duarte Jr. (2001, p. 84) destaca que, para os habitantes de nossas cheias metrópoles, “[...] o andar significa tão-só uma ação mecânica que os conduz de um ponto a outro, a transposição de uma distância que não pode ser vencida com o concurso de máquinas ou equipamentos”.
A falta de compromisso social induz as pessoas a não se enxergarem como solução para os problemas no trânsito. Podemos conferir este ponto de vista dos cidadãos na pesquisa realizada pelo Ministério das Cidades.
Pesquisas do Ministério das Cidades indicam que a atitude normal das pessoas é culpar os demais pelos problemas no trânsito. De acordo com as 2.000 entrevistas, 3 em cada 4 brasileiros se enxergam como solução, em vez de problema no trânsito. E consideram não ser necessário mudar suas atitudes.
Observa-se que a maioria dos problemas é atribuída às práticas dos “outros” e quase nunca à própria conduta ao volante, nas ruas e calçadas. Apenas quando indagados de forma objetiva sobre certas atitudes (como o uso do cinto no banco traseiro, o respeito aos limites de velocidade, a preocupação em beber e dirigir, o uso da faixa de pedestre, etc.) é que alguns reconhecem falhas e passam a se ver mais como problema do que como solução.
Apenas os motoristas de carro veem em seus iguais o “principal adversário”. Ciclistas e motociclistas acham que a culpa costuma ser dos motoristas de carro. Já os motoristas profissionais culpam os ciclistas. (BRASIL, 2011).
Com o objetivo de conscientizar a população brasileira sobre a necessidade de mudança de atitude das pessoas no trânsito, para torná-lo um espaço de convivência mais pacífico e seguro, o Ministério das Cidades, em parceria com o Denatran, promoveu, em julho de 2011, a CampanhaPedestre. “Pare, pense, mude”. O planejamento dessa campanha iniciou com uma pesquisa sobre a percepção das pessoas em relação aos problemas no trânsito (o resultado está na citação anterior). Essa é a metodologia recomendada na resolução 314 do Contran (BRASIL, 2009).
O lema da campanha é: “O trânsito só muda quando a gente muda”. A veiculação da campanha foi por meio de comerciais veiculados nas TVs, nos rádios, nos anúncios em revistas e na Internet e nas redes sociais. Ela foi divulgada, também, em espaços exteriores de grande circulação de pessoas e veículos, por meio de mensagens educativas nos postos de gasolina, pedágios, paradas de ônibus, para-brisas de taxis e ônibus e outdoors em avenidas e estradas para orientar os motoristas que saíram de férias.
Faz parte dessa campanha, o vídeo, com duração de 15 segundos, contendo a representação de uma entrevista realizada com uma senhora idosa.
Vídeo - Pedestre. "Pare, pense, mude"
Fonte: http://www.paradapelavida.com.br/campanhas/pare-pense-mude-junho-de-2011/. Acesso em: 25 out. 2013.
O repórter pergunta à senhora que está atravessando a rua: “O que você faria para melhorar o trânsito?”. Ela responde: “Ah! Tá tudo errado, os motoristas não enxergam mais a gente”. Então, o repórter questiona: “O que mudaria em você para melhorar o trânsito?”. A senhora responde, olhando a sua volta: “Ai, que vergonha! Eu tô fora da faixa! Você não vai passar isso não, né?”. Na sequência, aparece a legenda e o áudio com os seguintes dizeres: “O Trânsito só muda quando a gente muda”. O filme encerra com a imagem e o áudio do lema da campanha: “Pare! Pense! Mude!”. Esse vídeo, por provocar graça, devido à reação da entrevistada ao perceber que estava fora da faixa, possui o estilo cômico.
Essa campanha proporciona a reflexão sobre dois importantes aspectos: o primeiro refere-se às dificuldades enfrentadas pelos idosos ao caminhar pelas vias, principalmente ao atravessar as ruas. Segundo Wold:
Atravessar a rua é um problema significativo para pedestres idosos. Um estudo revelou que apenas 1% dos idosos independentes acima dos 72 anos é capaz de atravessar a rua no tempo determinado pelo sinal de pedestres. Ainda que a incidência de acidentes nesse caso seja baixa, o risco de ferimentos graves é alto. (WOLD, 2013, p. 379).
A dificuldade de locomoção das pessoas idosas, aliada à pressa e à falta de respeito dos motoristas, faz com que os idosos sintam-se muito inseguros quando vão atravessar a rua.
O segundo aspecto percebido no vídeo é a atitude da idosa, que reclamava da falta de respeito no trânsito, mas também não estava respeitando a sinalização. Esse aspecto foi percebido por diversos estudantes da Educação de Jovens e Adultos – EJA – do Ensino Médio, sujeitos de uma pesquisa que realizei sobre a percepção sensível relacionada às campanhas educativas para o trânsito. Os sujeitos observaram que:
“A senhora queria os direitos dela no trânsito, mas nem ela respeita as leis.” (Sujeito 8).
“Uma senhora reclamando do trânsito, mas esquecendo que a mudança tem que começar por nós mesmos, pois ela estava cometendo uma infração.” (Sujeito 16).
“As pessoas cobram dos outros, mas não se cobram a si mesmo...” (Sujeito 19).
A atitude da idosa pode ser comparada a atitude da esposa, personagem da parábolaOs Lençóis da Vizinha.
Um casal, recém-casado, mudou-se para um bairro muito tranquilo. Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! Está precisando de um sabão novo! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido a tudo escutava, calado.
Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade, perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um mês, a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos e, toda empolgada, foi dizer ao marido:
- Veja, ela aprendeu a lavar as roupas! Será que a outra vizinha a ensinou? Porque eu não fiz nada!
O marido calmamente respondeu:
- Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela! (Autor desconhecido)
A esposa critica a vizinha sem perceber que era ela que estava errada. No caso da idosa, ela critica os motoristas sem se dar conta que também está agindo incorretamente, atravessando a rua fora da faixa de pedestres.
O comportamento da senhora idosa sensibilizou os sujeitos da pesquisa, entre as manifestações de sentimentos. Vale destacar o comentário do Sujeito 3: “Senti um pouco de culpa, pois a gente sabe que é errado e atravessa a rua fora da faixa de pedestres.” Muitas pessoas são imprudentes conscientemente, ou seja, sabem que estão erradas, mas fazem. Por que agem assim? Por que se comportam como homens bárbaros?
Conforme Schiller (1995, p. 33), o homem pode ser selvagem, “quando seus sentimentos imperam sobre seus princípios”, ou bárbaro, “quando seus princípios destroem seus sentimentos”. O autor argumenta, no entanto, que há também o homem cultivado, aquele que “faz da natureza uma amiga e honra sua liberdade, na medida em que apenas põe rédeas a seu arbítrio” (SCHILLER, 1995, p. 33).
Podemos deduzir, pelo pensamento de Schiller, que, no trânsito, convivemos com o cidadão selvagem, aquele que não conhece as leis e a maneira correta e segura de transitar e deixa-se levar pelo impulso e pelos sentimentos; com o cidadão bárbaro, aquele que tem conhecimento sobre as leis e às regras de segurança no trânsito, mas age com base em seus princípios, com imprudência e sem obedecer às leis; e com o cidadão cultivado, aquele que é sensível, controla sua liberdade e, consequentemente, é educado e prudente no trânsito.
Assim sendo, talvez as pessoas que agem como homens bárbaros no trânsito o fazem porque estão dando mais atenção aos seus princípios, do que aos seus sentimentos. São pessoas que não controlam seu livre-arbítrio e cometem todo tipo de infração. É possível que tais atitudes estejam relacionadas aos valores profundamente enraizados. Sobre esse assunto, Pinto explica que:
Os esforços para mudar os valores profundamente enraizados estão entre as causas mais difíceis de serem levadas a efeito. O sentido de identidade e bem-estar de um indivíduo está enraizado em seus valores básicos. Seus valores básicos orientam suas percepções e escolhas sociais, morais e intelectuais. A intromissão da dissonância em seu conjunto de valores criará um intenso constrangimento e stress. Ele procurará evitar as informações dissonantes, ou irá desprezá-las pela racionalização, ou as colocará de lado para que não afetem seus próprios valores. O sistema psicológico humano resiste à informação que o desoriente. (PINTO, 2002, p. 22).
Pelo visto, a tarefa da educação para o trânsito, de alterar os valores profundamente enraizados, a fim de provocar a mudança de atitudes nas vias, é um grande desafio.
Em relação à campanha: Pedestre. "Pare, pense, mude", consideramos importante destacar a interrogação do sujeito 19: “Como educar os novos se os mais experientes, "idosos", não dão exemplo?” (Sujeito 19). Entende-se que os mais velhos, por possuir mais experiência, devem servir de exemplo aos mais novos. Quando isso não acontece, como demonstrou a senhora idosa, personagem da campanha, parece que estamos enfrentado um problema sem solução, ou seja, temos a impressão de que os mais jovens estão condenados a serem também imprudentes no trânsito.
Por outro lado, é importante ressaltar que alguns sujeitos da pesquisa indicaram soluções para a falta de harmonia no trânsito. Destacamos, assim, as seguintes falas:
“Que não adianta reclamar sobre mudanças se não mudar seus próprios hábitos.”(Sujeito 14).
“Que bom seria se motoristas e pedestres tivessem educação, respeito, consciência e vontade para mudarmos o trânsito e diminuirmos os números de acidentes.” (Sujeito 16).
Podemos perceber que eles realçaram a importância da mudança de atitudes individuais para transformar o trânsito e que essa mudança deve partir dos motoristas e dos pedestres. Tal mudança refere-se a um compromisso motivado pelo amor à vida e ao próximo. São atitudes pessoais que envolvem a alteração de valores profundamente enraizados. São condutas com propósito coletivo, em prol do bem comum, em prol das relações humanas na cidade e em prol da cidade. É a construção da cidade a partir das relações humanas, idealizada por Hillman (1993), ou seja, uma cidade composta por pessoas que se encontram e que com amor fazem-na desenvolver.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Departamento Nacional de Trânsito. 2011. Disponível em:http://www.denatran.gov.br/ultimas/20110630_decada.htm. Acesso em: 25 jan. 2013.
______. Departamento Nacional de Trânsito / Ministério das Cidades. Parada: Pacto Nacional pela Redução de Acidentes / campanhas. Pedestre. "Pare, pense, mude"
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______. Departamento Nacional de Trânsito / Ministério das Cidades. Resolução 314. 2009. Disponível em:http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/RESOLUCAO_CONTRAN_314_09.pdf. Acesso em: 31 mar. 2013.
DUARTE JR., João Francisco. O sentido dos sentidos. Curitiba: Criar, 2001.
HILLMAN, James. Cidade & alma. São Paulo: Studio Nobel, 1993.
PINTO, Paulo Fernando de Ascenção. Avaliação da compatibilidade entre a mídia televisiva e as campanhas educativas para o trânsito. Dissertação de Mestrado. Universidade de Brasília, 2002.
SCHILLER, Friedrich. A educação estética do homem. 3. ed. Trad. Roberto Schwarz e Márcio Suzuki. São Paulo: Iluminuras, 1995.
WOLD, Glória. Enfermagem gerontológica. Tradução: Ana Helena Pereira Correa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
21/05/2011
Comunicação e Trânsito
Sinalização e significado
Conhecer, entender e respeitar a sinalização de trânsito são ingredientes básicos para a harmonia da convivência na via pública. A interpretação equivocada dos sinais pode remeter não só ao seu descumprimento, mas a um comportamento perigoso, que coloca em risco os outros usuários da via. Por isto a sinalização obedece a padrões internacionais, adaptados à legislação de cada país. Como a linguagem, entretanto, comporta significados diferentes, a depender do contexto em que é utilizada, não é raro nos depararmos com situações pitorescas, como a da foto acima, em que os ocupantes do veículo pensam ter obedecido à placa de indicação.
Disponível em: http://transitoumaimagem100palavras.blogspot.com/2009/05/003-sinalizacao-e-significado.html - Acesso em 13/05/2011.
Quando você cruza os braços, levanta a sobrancelha, escreve uma carta, balança as mãos, fala, gesticula está interagindo com o mundo e com os demais a sua volta, isso é se comunicar.
A comunicação é essencial para a convivência humana. O trânsito não foge a essa regra, é um ambiente, onde pequenas falhas na comunicação podem trazer grandes conseqüências. Na crônica abaixo ,exemplifico alguns erros de comunicação relacionados ao trânsito.
Trocadilhos
Maurício estava inconformado. Foi sempre um cidadão honesto e agora estava numa delegacia, sendo acusado de tráfico de drogas. Uma senhora havia feito a denúncia. Os policiais procuraram em seu carro e em sua casa. Porém, não acharam nenhuma droga.
A senhora que fez a denúncia foi chamada à delegacia para confirmar sua acusação na frente de Maurício. O delegado perguntou a ela:
- É esse o indivíduo que você diz ser traficante?
- Ele mesmo delegado. Escutei quando ele disse que trabalhava para melhorar o tráfico.
Maurício, ao ouvir, apesar de sua situação, não conseguiu segurar o riso. Soltou uma gargalhada.
- Está rindo do que, cidadão?
- Desculpe. Mas é muito engraçado. Esta senhora deve ter me ouvido falar que trabalho para melhorar o tráfego. Minha função é essa. Sou engenheiro de tráfego, delegado.
O delegado ficou furioso com a responsável pela acusação e pediu mil desculpas para Maurício.
Trocadilhos iguais a esse são comuns no nosso dia-a-dia. Alguns acontecem com tanta freqüência que muitas vezes nem percebemos. A troca de faixa por pista, por exemplo. Ouvimos a toda hora pessoas falando que mudaram de pista, que preferem andar na pista da esquerda ou da direita. Parece normal. Até porque muitos desconhecem as nomenclaturas usadas no trânsito.
No entanto, amigos leitores, existe um trocadilho que dói ao ouvi-lo. E olha que já ouvi de muitas pessoas instruídas. Inclusive em telejornais. Tenho lido este trocadilho também em crônicas e em artigos.
Outro dia, num artigo, ele estava na seguinte frase: “Os pedestres devem andar na passarela para não correr risco de vida”.
O que esse escritor quis dizer?
É recomendável andar na passarela? Ou não? Eu prefiro evitar o risco de morte.
TIPOS DE LINGUAGEM
Linguagem Verbal
Há várias formas de comunicação. Quando o código usado é a palavra, oral ou escrita, dizemos que está sendo utilizado a linguagem verbal. Tal código está presente, quando falamos com alguém, quando lemos, quando escrevemos.
Linguagem Não Verbal
A Linguagem Não Verbal é aquela que utiliza outros códigos de comunicação, que não são as palavras, como: as placas e sinais de trânsito, a linguagem de sinais, a linguagem corporal, uma imagem, a expressão facial e outros.
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Para haver comunicação, alguns elementos são essenciais:
Emissor: é o que envia uma mensagem, o remetente. Pode ser uma pessoa, uma empresa, um canal de televisão, um site na internet e outros.
Mensagem: o que é transmitido, o conteúdo.
Receptor: é o destinatário da mensagem, para quem a mensagem foi enviada. Pode ser uma pessoa ou um grupo.
Código: meio pelo qual a mensagem é transmitida: fala, escrita, gestos, imagens.
Canal: meio pelo qual a mensagem pode circular: TV, internet, rádio, jornal, revista, folheto, folder e o próprio ar.
Canal: meio pelo qual a mensagem pode circular: TV, internet, rádio, jornal, revista, folheto, folder e o próprio ar.
Contexto: é a situação na qual emissor e receptor estão inseridos.
Através desses pontos apresentados acima, a linguagem irá adquirir diversas funções: a de emocionar, informar, persuadir, fazer refletir, dentre outras.
1) Função Referencial ou Denotativa
Transmite informações reais, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o assunto ao qual a mensagem se refere.
No dia 11 de maio de 2011, foi lançada em vários países do mundo, A Década de Ações para a Segurança no Trânsito, 2011-2020, cujo objetivo é reduzir em 50% as vítimas da violência viária.
2) Função Expressiva ou Emotiva
Está focada no emissor, reflete seu estado de ânimo, seus sentimentos e emoções. Pode vir acompanhada de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação.
A criança pedia aos prantos à mãe morta, caída no asfalto, atropelada por um motorista bêbado:
- Acorda mãe! Acorda! Vamos pra casa!
3) Função Apelativa ou Conativa
Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. É comum o uso de vocativos e verbos no imperativo. É a linguagem usada nas propagandas, nos discursos e nos sermões.
Previna-se! Use o cinto de segurança nos bancos da frente e de trás do automóvel!
4) Função Poética
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem. O escritor, procura fugir das formas habituais de expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade.
Motorista obedeça
Sempre a sinalização,
Para não perder o controle
Do seu carro e condução.
5) Função Fática
Focada no canal, tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. Aparece geralmente em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, sem dúvida, claro, não é mesmo? entende? Ou nas fórmulas de cumprimento: Bom dia! Tudo bem?
6) Função Metalinguística
Ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem.
Em um mesmo texto, ou campanha educativa de trânsito, podem aparecer várias funções da linguagem. Porém, geralmente há uma que é predominante.
Irene Rios
Irene Rios
Mestra em Educação, com a pesquisa: CAMPANHAS EDUCATIVAS PARA O TRÂNSITO: a percepção sensível de jovens e adultos; Especialista em Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e em Metodologia de Ensino; Graduada em Letras Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa; Consultora e co-autora do projeto “Gincana Cultural de Trânsito”, vencedor do XII Prêmio Denatran de Educação no Trânsito - 2012 - na categoria "Educação no Trânsito - Projetos e Programas"; Presidente da Câmara Catarinense do Livro; Professora universitária de disciplinas na área de Educação para o Trânsito; Autora de artigos e livros sobre Educação para o Trânsito.
13/01/2010
Educação para o Trânsito Contextualizada com Livros Didáticos.
No artigo O trânsito como tema transversal nas escolas, funciona?, defendi, com base principalmente em minhas experiências enquanto educadora, que para que haja êxito no trabalho educativo de trânsito nas escolas é necessário a adaptação da educação para o trânsito aos conteúdos curriculares.
Em continuidade à busca de alternativas visando promover e facilitar o trabalho educativo de trânsito nas escolas, realizei uma pesquisa (via on-line) com alguns professores, a fim de verificar quando trabalham o tema em suas aulas. A maioria respondeu que dão aulas de educação para o trânsito apenas na Semana Nacional de Trânsito ou quando o conteúdo é citado nos livros didáticos.
É uma pesquisa que merece ser ampliada e aprofundada, no entanto, seu resultado motivou a reflexão sobre a importância dos livros didáticos para a prática da transversalidade do tema trânsito nas escolas. Hoje em dia, praticamente todos os alunos usam livros didáticos (alguns no formato de apostilas). Seu uso no Brasil teve início do século XIX. A princípio era privilegio de poucos, mas com o passar do tempo foi se tornando um instrumento educativo essencial nas redes de ensino. Quem não lembra do seu tempo de estudante e dos livros didáticos que usava. Utilizei muito essa ferramenta, não apenas enquanto estudante, mas também ao exercer a profissão de professora. Clécio dos Santos Búzen Júnior em sua tese “Dinâmicas Discursivas na Aula de Português: Os usos do livro didático e projetos didáticos autorais”, caracteriza o livro didático como:
“um objeto de consumo que direciona as aulas dos professores a tal ponto de controlar “todas” as ações didáticas. Não é à toa que classificamos, com base em outros autores, o livro didático como a bíblia do professor (cf. BUZEN, 2001).”
Conforme descrito no Portal do MEC (Ministério da Educação), no Brasil, desde 1929 vêm sendo distribuídos livros didáticos à rede pública de ensino. O mais antigo programa voltado à distribuição de obras didáticas aos estudantes brasileiros é o PNLD - Programa Nacional do Livro Didático. Iniciou com outra denominação, porém, ao longo desses quase 70 anos, o programa se aperfeiçoou e teve diferentes nomes e formas de execução. O PNLD é voltado para o ensino fundamental público, incluindo as classes de alfabetização infantil.
Os livros devem ser usados por três anos, ou seja, os alunos recebem no início do ano letivo e devolvem no final do ano para que, nos anos seguintes, outros alunos possam usar os mesmos livros. As edições são impressas no estilo não-consumível, isto é, não há espaço no livro para a resolução das atividades, devendo os alunos resolve-las no caderno.
Em 2009, os professores se reuniram para fazer a escolha de livros para atender ao triênio 2010/2011/2012, correspondente aos seguintes componentes curriculares:
1º e 2º ano: Letramento e Alfabetização Lingüística; Alfabetização Matemática;
3º ao 5º ano: Língua Portuguesa e Matemática;
2º ao 5º ano: Geografia, História e Ciências.
(Relação de livros indicados pelo MEC no Guia de Livros Didáticos - PNLD 2010).
O que há nos livros didáticos, distribuídos às escolas públicas para serem usados nos anos de 2010, 2011 e 2012, sobre Educação para o Trânsito? A resposta a essa questão requer uma análise profunda, em longo prazo, pois como em cada escola os educadores têm liberdade para escolher, há bastante diversidade nas obras adotadas.
Entretanto, em curto prazo é possível verificar a freqüência que o tema trânsito é citado nos livros didáticos adotados em uma determinada escola. Realizei esta análise. Não elegi nenhuma escola, escolhi aleatoriamente cinco obras que contemplassem as disciplinas do 3º ano do Ensino Fundamental, adotadas pelo programa PNLD. Os livros analisados foram:
Aprendendo Sempre: Língua Portuguesa – 3º Ano - de Angélica Carvalho Lopes, Cláudia Miranda e Vera Lúcia Rodrigues - Editora Ática. Composto por 10 unidades que contemplam os temas: Tão iguais e tão diferentes; Viver e conviver; é o bicho!; Trocando mensagens; Quem conta um conto; De olho na telinha; Essa gente brasileira; S.O.S. Terra!; As cores das estações; Como é gostoso ler histórias!
Esta obra apresenta poucos conteúdos relacionados diretamente aos cuidados no trânsito. No entanto há diversos textos que enfatizam a prática de boas atitudes, tão necessárias à segurança viária. Na unidade 02, por exemplo, o tema “Viver e conviver”, dá destaque para a convivência em grupo e o respeito ao outro. Atitudes que buscamos, enquanto educadores para o trânsito. Na unidade 06 é dada ênfase aos comerciais de TV, incentivando os estudantes a terem uma visão crítica sobre determinadas propagandas. Excelente oportunidade para inserir nesta visão crítica os comerciais que induzem à velocidade e ao consumo de bebidas alcoólicas.
Fazendo e Compreendendo Matemática – 3º Ano – de Manhúcia Perelberg Liberman, Lucília Bechara Sanchez – Editora Saraiva Livreiros Editores. Composto por 14 unidades. Neste livro é feito referência, pelo menos duas vezes, a atitudes de segurança no trânsito. Na página 107 os autores orientam os leitores a atravessar a rua de maneira correta, usando o percurso mais seguro. Na página 172, há o incentivo ao uso do capacete:
“Precisamos proteger nosso corpo quando corremos o risco de nos machucar. Nenhum motorista deve andar sem capacete (...) Quantos motoristas podem ser protegidos com 10 capacetes?”.
Há também, no decorrer da obra, várias citações de elementos de trânsito e de valores positivos que podem ser exploradas e adaptadas. Na página 75, por exemplo, é feita a seguinte pergunta:
“A prefeitura contou o movimento de veículos em uma avenida. Em 15 minutos passaram 8 ônibus e 37 carros. Quantos veículos passaram pela avenida durante esse tempo?”
Os professores podem aproveitar o conteúdo da questão e elaborar outras atividades que possibilitem a reflexão sobre a quantidade de pessoas transportadas nos oito ônibus e nos 37 carros e sobre a importância do uso transporte coletivo para a fluidez no trânsito e a pureza do ar.
Aprendendo Sempre: Geografia – 3º Ano, de Dora Martins Dias e Silva, José William Vesentini e Marlene Pécora – Editora Ática. A obra contém cinco capítulos: Famílias: vida e convivência; Nosso dia a dia na escola; Ruas de todo dia; Trabalhar é preciso; Um lugar para viver.
Embora haja bastante destaque à ocupação dos espaços, percebi pouca relação com a segurança de trânsito. Nas ilustrações das páginas 58 e 60, por exemplo, há uma criança transitando de bicicleta sobre as calçadas, sem menção de que essa atitude é inadequada. Por outro lado, os autores dedicaram uma unidade para falar das ruas, um dos assuntos proposto nas Diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito no Ensino Fundamental (portaria 147/2009 do Denatran), é preciso, no entanto, orientar os professores a trabalhar também nesta unidade os cuidados que os usuários das ruas devem ter com relação à segurança no trânsito.
Ciências – Descobrindo o Ambiente – 3º Ano, de Jordelina Lage Martins Wykrota, Nyelda Rocha de Oliveira e Simone de Pádua Thomaz – Editora Saraiva Livreiros Editores. A obra apresenta os temas: Lugar de Morar; Por toda Parte; Terra Cheia de Vida e Roda Viva. São explorados temas a respeito de moradias, planeta Terra, gravidade, atmosfera, água, estados físicos da água, chuvas, solo, além de noções sobre como medir o tempo. Esta obra apresenta, na unidade 01, alguns sinais de trânsito e sua importância. No decorrer do livro há também informações sobre orientação espacial e a poluição causada pelos veículos, assuntos que devem ser desenvolvidos pelos educadores de trânsito.
Aprendendo Sempre: História – 3º Ano, Dora Martins Dias e Silva, José William Vesentini e Marlene Pécora – Editora Ática. A obra está organizada em 06 capítulos – 06 temas – 31 subtemas: Capítulo 1: Conhecer o passado; Capítulo 2: Viver e aprender; Capítulo 3: Pelas ruas da cidade; Capítulo 4: Tempo de brincar; Capítulo 5: Tempo e trabalho; Capítulo 6: O que mudou ao longo do tempo. Similar ao livro de geografia, os autores dedicaram uma unidade para falar das ruas, porém, enfatizando também a segurança no trânsito:
“Para circular pelas ruas a pé ou de bicicleta, é importante conhecer algumas regras de segurança. Muitas ruas e calçadas são movimentadas, repletas de veículos e de pessoas andando de um lado para outro. Para evitar acidentes, devemos respeitar os sinais de trânsito.” (página 51)
Na página 110 é feito menção, através de texto e ilustrações, à evolução dos meios de transportes. No livro há diversas oportunidades que podem ser exploradas pelos professores nas aulas de educação para o trânsito.
Fiquei satisfeita com a análise das obras. Constatei que possuem ótima qualidade didática e educativa. Apresentam textos, atividades e imagens que estimulam os alunos a refletir e a desenvolver o conhecimento. Verifiquei também que as escolas brasileiras, que coincidentemente adotaram esses livros, possibilitarão aos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental algumas aulas de educação para o trânsito. Porém não o suficiente, pois para que tenhamos resultados positivos na educação para o trânsito com crianças é necessário persistência, ou seja, é recomendado que seja enfatizado o tema pelo menos uma vez por semana. O ideal é que seja dedicada uma hora/aula semanal à educação para o trânsito, podendo ser de maneira transversal, seguindo as recomendações das Diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito no Ensino Fundamental.
A educação para o trânsito nas escolas pode e deve ser adaptada aos livros didáticos. Os professores precisam ser orientados sobre como introduzir o tema trânsito e os valores positivos em suas aulas, baseado nos conteúdos constantes nas obras didáticas. É importante também oferecer ferramentas aos educadores, ou seja, um manual contendo diversas atividades de educação para o trânsito contextualizada com os livros didáticos. Dessa forma, o trânsito como tema transversal nas escolas funciona.
A seguir o exemplo de um Plano de Aula de Educação para o Trânsito, com sugestões de atividades contextualizadas com livro didático “Aprendendo Sempre: Língua Portuguesa – 3º Ano” – unidade 2.
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma: 3º ano do Ensino Fundamental
Objetivos:
- Incentivar a boa convivência no trânsito;
- Estimular a obediência às regras de trânsito;
- Promover a segurança no trânsito;
- Revisar o emprego dos ditongos nasais (estudado na unidade 2).
Conteúdos:
- Convivência no trânsito;
- Regras de trânsito;
- Segurança no trânsito;
- Emprego dos ditongos nasais.
Estratégia:
- Aula expositiva dialogada, baseada nos textos e atividades constantes na unidade 2 do livro “Aprendendo Sempre: Língua Portuguesa – 3º Ano - de Angélica Carvalho Lopes, Cláudia Miranda e Vera Lúcia Rodrigues - Editora Ática, unidade 2, cujo tema é Viver e conviver...” e o conteúdo gramatical trabalhado é ditongo nasal.
- Resolução das atividades sugeridas na 1ª questão
- Correção das atividades da 1ª questão
- Leitura do texto “Meu automóvel”.
- Resolução em grupo do item “a” da 2ª questão.
- Discussão no grande grupo sobre as respostas do item “a” da 2ª questão.
- Resolução da cruzadinha.
- Correção da cruzadinha.
Sugestões de Atividades
1) No texto “algumas dicas para viver bem com os outros” (página 48 do livro de língua portuguesa), consta a seguinte regra:
“Tenho o direito de
freqüentar espaços
públicos que permitam
a entrada de crianças e
o dever de respeitar as
regras desses espaços.”
a) Cite os espaços públicos que você costuma freqüentar.
Professor(a), na correção da atividade enfatize o espaço da rua, caso não tenha sido citado.
b) A rua é um espaço público, composta por regras de circulação. Faça uma relação das regras que você deve seguir.
Sugestões: caminhar na calçada; atravessar a rua na faixa de pedestre; obedecer aos sinais de trânsito...
c) Por que devemos seguir as regras de trânsito?
Resposta pessoal. Professor(a), destaque o valor da vida, a importância da saúde e a boa convivência no trânsito.
2) Leia o texto a abaixo e resolva as questões a seguir:
Meu Automóvel
Eu tenho um automóvel diferente
que não assusta bicho
nem atropela gente.
Um automóvel
que espera na sua
até a tartaruga
atravessar a rua.
Um automóvel
que não ganha corrida
mas nunca fez ninguém
perder a vida.
Um automóvel
que durante a viagem
sem pressa nenhuma
admira a paisagem.
Um automóvel
que não polui o ar.
Subam nele, crianças:
vamos passear.
José Paulo Paes
que não assusta bicho
nem atropela gente.
Um automóvel
que espera na sua
até a tartaruga
atravessar a rua.
Um automóvel
que não ganha corrida
mas nunca fez ninguém
perder a vida.
Um automóvel
que durante a viagem
sem pressa nenhuma
admira a paisagem.
Um automóvel
que não polui o ar.
Subam nele, crianças:
vamos passear.
José Paulo Paes
a) Responda oralmente: Quais as vantagens do automóvel citado no texto, para a vida?
Não atropela bicho, nem gente; espera a tartaruga atravessar; nunca fez ninguém perder a vida; admira a paisagem; não polui o ar.
b) Preencha as cruzadinhas abaixo com palavras retiradas do texto que possuem som nasal.

Avaliação:
O êxito da aula poderá ser avaliado através das respostas às atividades sugeridas, da participação dos alunos e na observação da mudança ou permanência de atitudes dos estudantes, nos dias que seguem a aula.
Este artigo representa uma nova etapa de minhas pesquisas em prol da educação para o trânsito. Meu objetivo é que as idéias aqui contidas sejam ampliadas e compartilhadas entre os educadores.
São José, 13 de janeiro de 2010.
IRENE RIOS DA SILVA, Especialista em Meio Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e em Metodologia de Ensino; Professora universitária de Educação no Trânsito e de Campanhas Educativas de Trânsito; Autora de Artigos e livros sobre Educação para o Trânsito.
28/11/2011
Aprendendo a dirigir: dicas e macetes
Como se acostumar com as placas de sinalização quando se está aprendendo a dirigir?
Quando estamos nas primeiras aulas de direção, com o instrutor do lado, temos a tendência de nos "agarrarmos" nele, esperar as instruções, fazer só o que ele manda. É normal inclusive pensar que o instrutor é o melhor motorista do mundo, assim como acreditamos que todo motorista habilitado seja. Afinal, ainda estamos aprendendo tudo: como pisar nos pedais, sair com o carro sem morrer, como passar marchas.... temos só 2 olhos e 3 retrovisores; 2 pés e 3 pedais, aí começamos a pensar que carro foi feito prá ET dirigir. Mas conforma a prática vem, vamos descobrindo que não é bem assim, que vamos usar um comando de cada vez, etc...
Para fazer tudo isso e ainda olhar as placas de sinalização tem alguns macetes. Lembram das aulas teóricas? Sim, aquelas que a gente procura decorar, memorizar as placas para a prova? Isso acontece porque ainda não se tornou significativo para nós, alunos, a importância real das placas enquanto ainda não começam as aulas práticas.
1º. Temos de saber o que significa cada placa: não adianta ver uma e não entender a mensagem que ela está dando. por exemplo, placa de curva não tem segredo, pois é tudo torta mesmo, umas mais tortinhas, sinuosas, que indica curva braba, e outras menos sinuosas, mas todo mundo sabe que é curva.
2º Se vc pretende virar numa rua, então já tem que ir prestando atenção um trecho antes e olhando rápido se tem placa indicando que é proibido convergir ou se é rua sem saída.
3º Outras placas de sinalização a gente vai visualizando como parte do cenário do trânsito. Lembram quando o professor de teórica diz que para dirigir temos de ter visão periférica? Visão Panorâmica? Significa que dirigimos olhando prá tudo como se fosse um animal á espreita ou um soldado reconhecendo o território. Dirigir não é só olhar prá frente numa direção só, é ir treinando a visão.
4º Treine a visão panorâmica prá olhar prá frente, mas também prá ter visão do que acontece na frente, dos lados, atrás do seu carro, e também para ver as placas. Tudo bem que isso vem com o tempo, dirigindo, mas tornar isso significativo logo no começo ajuda bastante.
5º Uma dica: quando estiver dando uma caminhada na cidade ou de dentro do ônibus mesmo ou como carona num carro tente ampliar essa visão, tipo: cadê as placas?Uma diferença entre o pedestre habilitado e não habilitado é que o pedestre habilitado usa sua visão e instinto de motorista catando as placas. Na verdade, nos tornamos melhores pedestres depois de habilitados porque aprendemos a ter visão ampla e a desconfiar de tudo no trânsito.
6º depois que vc for começando a procurar as placas de dentro do ônibus ou a pé no caminho até a autoescola vai perceber que nota as placas com mais facilidade e isso vai ajudar na aula.
Treinar a visão é tudo. Visão ampla, visão de soldado na guerra, visão de predador no trânsito.
Parou na sinaleira/farol/semáforo? Dá aquela olhadinha pros lados sem esquecer de controlar o sinal verde. Vão ver que em breve estarão craques.
Bons treinos, condutores!
Escrito por Márcia Pontes no blog: http://thesys.blog.uol.com.br/
Fonte: http://aditran.blogspot.com/2011/11/aprendendo-dirigir-dicas-e-macetes.html - Acesso em 28/11/2011
09/04/2011
Respeito e Trânsito
Respeito às regas de trânsito
_ Vamos colocar o cinto, estamos chegando na polícia rodoviária. Não quero levar outra multa.
As leis de trânsito e toda a sinalização não foram criadas à toa. Antes da implementação, são realizados diversos estudos por especialistas. As principais finalidades dessas regras são a fluidez e a segurança no trânsito.
Esse respeito deve ser praticado para a garantia e promoção da segurança no trânsito e não apenas para escapar da multa.
Respeito aos limites do corpo
- Não sei por que essa “Lei Seca”, posso beber a vontade que to sempre bom pra dirigir.
- O Vadinho também falava isso e agora tá numa cadeira de rodas.
- O Vadinho é mais mole. Eu sou forte, comigo isso nunca vai acontecer.
Muitos motoristas se consideram “super-heróis”, ou seja, pensam que podem dirigir alcoolizados, ou que podem pegar a direção do veículo estando com sono que nada vai acontecer. Estão convictos que a violência viária só acontece com os outros.
Não existe super-herói, nosso corpo tem limites que precisam ser respeitados. Todas as pessoas que bebem ficam com falta de concentração, de visão e de reflexo, entre outros sintomas. Umas são mais sensíveis, outras menos, mas o efeito do álcool no organismo é evidente. Esse efeito não passa com cafezinho, nem com banho frio, apenas o tempo será capaz de eliminar o álcool do organismo.
Se não dormirmos o suficiente (em média 8 horas por noite), nosso organismo apresentará grandes alterações na atenção, na concentração e no tempo de reação. Os condutores precisam do horário de sono regular.
Respeito às condições adversas da luz e do tempo
As condições adversas são situações desfavoráveis que podem provocar uma violência viária. Respeitar as condições adversas é uma atitude de segurança e prevenção. Não podemos dirigir da mesma forma quando o tempo está ensolarado, ou chuvoso, por exemplo.
Excesso ou falta de luz
A luz natural ou artificial atua como condição adversa quando o seu excesso ou a sua falta dificultam a visibilidade necessária para o desempenho seguro na direção.
Nestas condições é necessário:
- Ligar os faróis baixos, desde o pôr-do-sol até o amanhecer, mesmo em vias com iluminação publica.
- Ao dirigir após o pôr-do-sol, Diminuir a velocidade e redobrar a atenção.
- Em estradas mal iluminadas, fixar o olhar pista de acostamento, faixas de sinalização, placas, olhos de gato, placas, entre outros.
- Evitar olhar para os faróis de veículos em sentido contrário. Olhar para a direita, nos pontos da via que sirvam de orientação, tais como os “olhos de gato” e a faixa de acostamento.
- Se tiver dificuldade de enxergar à noite, não dirigir.
- Ao entrar e sair de túneis, acender os faróis baixos e diminuir a velocidade, dando um tempo para os olhos se acostumarem à nova luminosidade.
- Para proteger os olhos do sol, usar óculos escuros e a pala de proteção do veículo.
Chuva
Quando chove a pista fica muito escorregadia, dificultando a frenagem segura.
Nestes dias são necessárias as seguintes ações defensivas:
- Acionar imediatamente o limpador de pára-brisas.
- Aumentar a distância com relação ao veículo da frente.
- Acionar a ventilação interna, para evitar o embaçamento e abrir “dois dedos” dos vidros laterais. Se a chuva estiver muito forte, estacionar o veículo e passar um anti-embaçante líquido.
- Frear suavemente em pista molhada para evitar a derrapagem e o travamento de rodas.
- Acender os faróis baixos, durante o dia.
- Se a chuva estiver impedindo a visibilidade segura, procurar um local seguro e estacionar o veículo. Só parar no acostamento em caso de emergência, com as lanterna acesas.
- Evitar ultrapassagens em chuva forte. Caso precise realmente fazer tomar o máximo de cuidado, o veículo que vai à frente pode levantar uma nuvem de água contraseu veículo.
Ventos fortes
Ventos laterais fortes provocam a desestabilização do veículo, principalmente em alta velocidade. Quanto maior a velocidade do veículo, mais leve ele fica. É nessa situação que o veículo começa a balançar, podendo até se desgovernar.
Quando há ventos fortes, é necessário tomar os seguintes cuidados:
- Reduzir da velocidade
- Segurar o volante com firmeza e ficar atento às necessidades desvio, devido às lufadas de ar.
- Deixar os vidros abertos para evitar a ação do vento.
Cerração e Neblina
A neblina e a cerração são fatores de risco para a circulação de veículos. Se houver neblina ou cerração, devem ser tomados os seguintes cuidados:
- Redução da velocidade.
- Usar as lanternas e as setas para alertar os outros motoristas.
- Acender os faróis baixos para evitar o ofuscamento dos outros motoristas e enxergar melhor a pista.
- Usar os faróis dos veículos em sentido oposto como referência, mas não olhar de frente.
- Usar a sinalização da pista e os olhos de gato como apoios visuais. Mas, quando não existe sinalização, acompanhar a faixa de acostamento.
- Nunca ultrapassar.
- Aumentar a distância do veículo da frente e sinalizar cada movimento que fizer.
- Ligar o limpador de pára-brisas.
- Se estiver muito forte e não existir outra opção, parar no acostamento e aguardar até que ela diminua, tomando o cuidado de ligar o pisca-alerta.
Respeito os outros
O trânsito é um espaço democrático, onde não há distinção de classe social, raça, idade, cultura. Todos têm os mesmos direitos e deveres, todos também correm o mesmo risco. No entanto, no dia-a-dia presenciamos, principalmente entre os condutores, várias manifestações de preconceito. Um deles é o preconceito contra a mulher motorista.
Frases do tipo “Mulher no volante perigo constante”, “Só podia ser uma mulher para fazer essa barbeiragem”, são ofensivas e sem argumentação. Opiniões de pessoas preconceituosas que ignoram as estatísticas.
Com base no anuário estatístico do DENATRAN - RENAEST 2008, pode-se afirmar que em cada 20 veículos que circulam nas vias, apenas 6 são conduzidos por mulheres.
De cada 20 motoristas que se envolveram em acidentes de trânsito, em 2008, em média, 17 foram homens e 3 foram mulheres.
De cada 20 vítimas fatais por causa da violência no trânsito, 17 em média, foram do sexo masculino e 3 do sexo feminino.
De cada 20 feridos nas estradas, em 2008, em média 15 foram homens e 5 foram mulheres. Vale lembrar que muitas mulheres são vítimas da violência no trânsito por que são passageiras em veículos conduzidos por homens.
“Perguntas que não querem calar”:
- Por que as mulheres são consideradas um perigo no trânsito?
- Qual a argumentação para essa acusação?
- É mais seguro ir de carona com os homens ou com as mulheres?
É perceptível também o preconceito contra os idosos e os motoristas aprendizes. É importante reconhecer a falta de experiência do motorista jovem. A falta de agilidade do motorista idoso. Temos que aceitar essas diferenças, elas fazem parte do contexto do trânsito, todos os motoristas já foram aprendizes e todos ficarão idosos e também terão menos agilidade ao transitar.
Respeitar os outras significa também respeitar o espaço dos outros. Na época dos “Mamonas Assassinas”, eu tinha um vizinho que adorava eles, ouvia o dia todo o CD do grupo, era “roda, roda, roda, vira, vira, vira”, “o robô kop gay”, “você me deixa doidão”, eu sabia todas as letras, pois ele colocava o som com uma altura que todos os seus vizinhos tinham que participar sob pressão do seu prazer. Ocupava o meu silêncio, não podia ler, nem ver TV e escolhia, sem me consultar, o repertório musical que eu ia ouvir.
Essa falta de respeito ao espaço público e privado continua lá no trânsito. É rotina vermos motoristas que circulam no acostamento, ciclistas que pedalam nas calçadas, pedestres que andam na ciclovia.
Irene Rios
PARÓDIA: "Juntos podemos salvar milhões de vidas".
DÉCADA MUNDIAL DE AÇÕES PARA A SEGURANÇA DO TRÂNSITO
No ritmo de: A Barata da Vizinha (Só pra Contrariar)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Diz aí motorista, o que você vai fazer?
Vou guiar com mais cautela, vou me defender.
Diz aí motorista, o que você vai fazer?
Vou guiar com mais cautela, vou me defender.
Ele vai ter mais cuidado com a sua vida. (4 x)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Diz aí motoqueiro, o que você vai fazer?
Vou seguir as leis de trânsito, pois quero viver.
Diz aí motoqueiro, o que você vai fazer?
Vou seguir as leis de trânsito, pois quero viver.
Ele vai dar mais atenção a sua segurança. (4 x)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Diz aí papai, o que você vai fazer?
Meu filho vai na cadeirinha pra se proteger.
Diz aí papai, o que você vai fazer?
Meu filho vai na cadeirinha pra se proteger.
Ele vai dar um bom exemplo para o seu filhinho. (4 x)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Diz aí patrão, o que você vai fazer?
A segurança do empregado, eu vou promover.
Diz aí patrão, o que você vai fazer?
A segurança do empregado, eu vou promover.
Ele vai dar mais segurança ao seu empregado. (4 x)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Diz aí professora, o que você vai fazer?
Vou ensinar aos meus alunos a se precaver.
Diz aí professora, o que você vai fazer?
Vou ensinar aos meus alunos a se precaver.
Ela vai ensinar trânsito, aos seus alunos. (4 x)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Diz aí Presidenta, o que você vai fazer?
A segurança viária vou estabelecer.
Diz aí Presidenta, o que você vai fazer?
A segurança viária vou estabelecer.
Ela vai dar mais segurança para os brasileiros. (4x)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Diz aí pedestre, o que você vai fazer?
Vou andar com mais cuidado, vou me precaver.
Diz aí pedestre, o que você vai fazer?
Vou andar com mais cuidado, vou me precaver.
Ele vai tomar cuidado ao andar na rua. (4x)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
DÉCADA MUNDIAL DE AÇÕES PARA A SEGURANÇA DO TRÂNSITO
No ritmo de: A Barata da Vizinha (Só pra Contrariar)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Diz aí motorista, o que você vai fazer?
Vou guiar com mais cautela, vou me defender.
Diz aí motorista, o que você vai fazer?
Vou guiar com mais cautela, vou me defender.
Ele vai ter mais cuidado com a sua vida. (4 x)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Diz aí motoqueiro, o que você vai fazer?
Vou seguir as leis de trânsito, pois quero viver.
Diz aí motoqueiro, o que você vai fazer?
Vou seguir as leis de trânsito, pois quero viver.
Ele vai dar mais atenção a sua segurança. (4 x)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Diz aí papai, o que você vai fazer?
Meu filho vai na cadeirinha pra se proteger.
Diz aí papai, o que você vai fazer?
Meu filho vai na cadeirinha pra se proteger.
Ele vai dar um bom exemplo para o seu filhinho. (4 x)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Diz aí patrão, o que você vai fazer?
A segurança do empregado, eu vou promover.
Diz aí patrão, o que você vai fazer?
A segurança do empregado, eu vou promover.
Ele vai dar mais segurança ao seu empregado. (4 x)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Diz aí professora, o que você vai fazer?
Vou ensinar aos meus alunos a se precaver.
Diz aí professora, o que você vai fazer?
Vou ensinar aos meus alunos a se precaver.
Ela vai ensinar trânsito, aos seus alunos. (4 x)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Diz aí Presidenta, o que você vai fazer?
A segurança viária vou estabelecer.
Diz aí Presidenta, o que você vai fazer?
A segurança viária vou estabelecer.
Diz aí Presidenta, o que você vai fazer?
A segurança viária vou estabelecer.
Diz aí Presidenta, o que você vai fazer?
A segurança viária vou estabelecer.
Ela vai dar mais segurança para os brasileiros. (4x)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.Diz aí pedestre, o que você vai fazer?
Vou andar com mais cuidado, vou me precaver.
Diz aí pedestre, o que você vai fazer?
Vou andar com mais cuidado, vou me precaver.
Ele vai tomar cuidado ao andar na rua. (4x)
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.
Vem lutar por esta causa,
Juntos podemos salvar milhões de vidas.04/04/2012
"LEGAL" - Cartilha sobre Ética e Segurança Viária, para Adolescentes
Amigos,
Desenvolvi a cartilha educativa "Legal", com conteúdos sobre ética e segurança viária, destinada à adolescentes.
Esta obra está dividida em aulas, contendo textos de diversos estilos, imagens e atividades reflexivas.
Ela pode ser adapatada conforme a necessidade de quem vai usá-a, sendo possível incluir temas como: primeiros socorros, meio ambiente e outros.
A impressão deve ser em quantidade, acima de 500 unidades.
Veja uma amostra da cartilha personalizada para o Corpo de Bombeiros da cidade de Gaspar - SC:
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