"Enfrentamos a coisificação da vida em todas as suas formas. Comemos alimentos envenenados, envenenam as águas, o solo, as plantas. Ainda não temos ações de enfrentamento construídas para a mídia que não nos representa. O FSM é um espaço para discutir essas questões. Todos nós pagamos com a vida a ganância pelo lucro de poucos. Mas pagamos de forma muito diferente. As populações pobres pagam um preço muito maior. A educação que temos provoca a leitura crítica? Não. Trabalha na perspectiva do individualismo, do consumismo. Como o FSM vai questionar a educação de sujeitos não críticos, não participativos e que não tomam parte da realidade? Ao longo dos anos, muitos tratados foram construídos. Um deles é o tratado de educação global, que propõe uma educação ambiental efetivamente crítica, politizadora. Podemos beber um pouco dele pra discutir e formular outras formas de atuar. A solidariedade entre os movimentos constrói o sentimento de que não estamos sozinhos. O capitalismo faz isso, nós nos sentimos muito pequenos. Precisamos nos fortalecer para provocar as transformações que tanto desejamos."
Sheila Ceccon, coordenadora da Casa da Cidadania Planetária e da UniFreire
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